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De Blusinhas a Pixe: A Saga dos Impostos que Ninguém Pediu

De Blusinhas a Pixe: A Saga dos Impostos que Ninguém Pediu


Um novo capítulo: O Governo e o Pix: Uma História de Amor e Ódio

O governo brasileiro parece ter um talento especial para criar polêmicas que viram meme antes mesmo de serem implementadas. Desta vez, o alvo da vez é o Pix, o queridinho dos pagamentos instantâneos, que agora está no centro de uma tempestade de confusões e desgaste político.

vemos aqui um dos exemplos do que muito se falou nos últimos dias sobre as repercussões na população.

A “Taxa das Blusinhas” 2.0
Quem não se lembra da famosa “taxa das blusinhas”, aquela que causou rebuliço ao taxar compras internacionais de sites como Shein, Shopee entre outros? Pois é, o governo parece ter achado um novo alvo para sua cruzada fiscal: o Pix. A nova regra, que obriga instituições financeiras a reportar transações acima de 5mil para pessoas física e 15 mil para empresas, foi interpretada por muitos como uma tentativa disfarçada de aumentar impostos. Fato que não o é mas dificulta muito aquela esquivada que muitos faziam na hora de tributar.

Nas redes sociais, a narrativa ganhou vida própria. “O governo quer controlar até o Pix!”, “Vamos voltar ao dinheiro vivo!”, gritam os descontentes que só aumentam graças a saga de perca da credibilidade com a população pela sua gana de cobrar mais e mais nos últimos tempos. A oposição, claro, não perdeu a chance de surfar na onda e comparou a medida à já famigerada “taxa das blusinhas”. Só que, desta vez, não há nova taxa sendo criada. Mas, convenhamos, quando a comunicação do governo é tão clara quanto um emoji de caveira, fica difícil culpar o cidadão por ficar confuso.

O Que Realmente Mudou?


A verdade é que o governo apenas ajustou os limites de transações que já eram monitoradas. Antes, transações acima de valores muito maiores que foram reajustados para esse que o temos . A ideia, segundo a Receita, é facilitar a fiscalização e combater a sonegação de impostos.

Mas, como sempre, o diabo mora nos detalhes. A receita Federal informa que as informações de movimentações bancarias segundo os novos valores “…não tem por objetivo autuar os pequenos empresários do país”, agora a pergunta é ‘o que é pequeno para a Receita Federal’ ? A medida incluiu operadoras de cartão de crédito e instituições de pagamento, como bancos digitais e carteiras virtuais. Ou seja, o leque de informações disponíveis para o Fisco aumentou. E, embora a Receita garanta que não há quebra de sigilo bancário ou aumento de tributação, o clima nas redes é de desconfiança total.

O Retorno do “Dinheiro Vivo”?


O resultado? Muitos comerciantes, assustados com a possibilidade de serem “pegos” pelo Fisco, estão reconsiderando o uso do Pix. “Melhor voltar ao dinheiro vivo”, dizem alguns. Outros já começaram a desincentivar o uso da modalidade, preferindo métodos menos rastreáveis. É como se o Brasil estivesse regredindo ao século passado, quando o dinheiro em papel era rei.

Erro de Comunicação ou Estratégia?


O governo admite que houve um erro de comunicação. A Receita Federal entrou em campo para tentar esclarecer que não há novas taxas nem quebra de sigilo. Mas, convenhamos, quando o assunto é imposto, o brasileiro já nasce desconfiado. E, com a memória recente da “taxa das blusinhas”, fica difícil acreditar que o Pix não será o próximo a ser “taxado”.

E Agora, José?


Enquanto o governo tenta consertar a barraca, o cidadão comum fica no meio do fogo cruzado. De um lado, a praticidade do Pix; do outro, o medo de ser “pego” pelo Fisco. E, no meio disso tudo, a pergunta que não quer calar: será que o governo vai conseguir se comunicar direito antes que o Pix vire apenas uma lembrança nostálgica?

Por enquanto, a única certeza é que, no Brasil, a única coisa mais rápida que o Pix é a viralização de uma polêmica. E, desta vez, o governo parece ter dado um tiro no pé tão grande que até o dinheiro vivo está rindo.


E você, vai continuar usando o Pix ou já está guardando suas notas de R$ 100 debaixo do colchão?

Júlio César Alves Carneiro

Biólogo ,divulgador científico, Pesquisador, Redator.

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